quinta-feira, dezembro 30, 2004

Bazar de ano novo.

Tomei coragem e tirei milhões de tralhas dos meus armários pra doar e quase morro asfixiada na poeira. E o pior é saber que ainda falta muita coisa, e eu nem sei onde vou enfiar meus pijamas. Além do mais, nem tenho tantas roupas assim. Ainda há muitas velharias que eram de minha avó nos armários do meu quarto e preciso me livrar de tudo isso de uma vez por todas. E de meu pai junto, que ele só atrapalha, e quer guardar tudo "pra usar na próxima encarnação".
Espero que essas coisas possam servir pra alguém, já que vou doar.

Estou com um princípio de gripe, esquisita.
Não sei onde enfiar minha coleção de pinguins e a Hello Kitty. Céus!
Melhor eu voltar pra arrumação senão não poderei dormir hoje no quarto com tanta bagunça. Jisuis. Quem dera estar viajando ou fazendo algo mais agradável longe desse caos...

Pigarrinhos gripais.

Troquei o template, só pra variar um pouquinho. Está brega, eu sei. Meu lado Rosana cantando "como uma deusa" aflorou hoje. É que monstruei. Deve ser isso.
Aliás, é incrível como eu fui destinada a passar todos os reveillons de fralda. Eu mereço...

Dia de arrumar o armário.

Estou protelando há séculos uma limpeza e organização do meu quarto, mas pelo visto não dá mais pra adiar. É hoje ou hoje. Seja o que Deus quiser.
Se sobreviver eu volto.

quarta-feira, dezembro 29, 2004

Salve Jorge Amado Jorge.

Estou peidando horrores hoje. Comi abacaxi.
Mas ainda me sinto inútil.
Não sinto vontade de fazer nada, nem de falar com ninguém, mesmo tomando meu anti-depressivo. Quero voltar a ser normal, no meu auge de normalidade e produtividade. Quero parar de comer porcarias quando estou ansiosa ou nervosa ou com medo de alguma coisa idiota. Seria pedir muito?
E quero ler Harry Potter em janeiro.

Nothing wrong.
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terça-feira, dezembro 28, 2004

A literatura perdeu mais um importante ícone.

Morreu a Susan Sontag. Magoei.

Por que o Paulo Maluf não morre afinal? Só morre gente legal. Isso pode significar que quanto mais chata e cuzona eu for, serei eterna. HOHOHOHOHO! Tenham medo.

Hoje eu comprei um tubo de cola.
Muita emoção, não?

segunda-feira, dezembro 27, 2004

I love Lucy


Minha boneca Lucy acabou de chegar do Submarino. Presentão do fofucho de natal. Minha primeira Barbie Collectible! Que emoção! É linda, perfeita. Igualzinha a Lucy do seriado. :-D
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domingo, dezembro 26, 2004

Vazio natalino.

Eu ainda não consigo acreditar em Natal. Talvez porque eu nunca tivesse uma família de verdade a ponto de merecer uma confraternização como fazem todas as outras. E comemorar com a família dos outros sempre foi pra mim como viver da caridade e os restos, as migalhas dos demais. Sempre me entristeço com essa sensação que nunca me escapa no final de dezembro. Meus pais sempre foram a ausência presente. Nem sei se posso considerá-los realmente minha família. Não tenho sequer a amizade deles, a sintonia que têm todos os filhos com seus pais. Pra mim isso não existe, e o Natal é apenas a data pra rememorar este vazio intenso.

Meus amigos acabam sendo a minha escolha, o alvo do amor que não tive a quem dar pela família inexistente. Pareço até personagem Disney, sempre órfão ou vivendo entre madastras cruéis ou familiares merecedores de castigos sem limites, mesmo sendo tudo isso um exagero às minhas atuais circunstâncias. De certo modo, minha ausência do mundo e essa vontade de se fazer invisível até que se acabem todas essas comemorações que não me cabem é fruto desse sentimento, dessa sensação de abandono e invisibilidade eterna. Não estou acostumada ao calor humano e tudo isso me é novo e me assusta. E é por isso que eu fujo. Sempre fujo, tentando esquecer que existo, que alguém ainda assim me deseja por perto e eu não quero ter que me abrir e sentir o calor que até então era me privado pela ausência dos que deveriam ser presentes sempre em minha vida, mas que nunca estiveram por perto com braços abertos para o amor e para o natal. Agora não me interessa mais tudo isso e eu continuo a fujir, a escapar entre os dedos dos que mesmo assim me querem presente.

Mesmo aos meus amigos é de certa forma um pouco doloroso desejar feliz natal, sabendo que no fundo, mesmo com eles perto e todos seus desejos sinceros de que eu tenha também um dia feliz e cheio de amor e amizade, não consigo deixar de me questionar sobre tudo aquilo que a data simbolizava pra mim, que era distante de tudo aquilo que deveria ser. Uma ausência minha, e somente minha, que se tornou parte de mim e de minha história, aparentemente perpétua, irremediável. Até quando não sei dizer.

Por isso espero passar esse final de ano e as datas terríveis, as datas do vazio e da vontade de permanecer isolada em reflexão (des)necessária para voltar ao convívio pleno aos que me são queridos, aos meus amigos, aqueles que tudo significam de humano para mim. Enquanto isso, volto à minha rotina de fugas bestas e covardes, de raiva, lágrimas, alegrias também, e uma solidão benéfica, que me faz mais forte, embora azeda certas vezes. Pois saibam que, embora pareça insensível e cretina, amo todos vocês, e isso ninguém me tira, nem mesmo minhas confusões emocionais bizarras que surgem das trevas do meu coração. Volto logo e, enquanto isso, espero que divirtam-se e aproveitem suas famílias presentes, os amigos e os presentes de grego, os bebuns e todas as alegrias que puderem ser sentidas.

Beijo nas crianças.

sábado, dezembro 25, 2004

quinta-feira, dezembro 23, 2004

Citalopram, venlafaxina, sertralina, e tudo o que for necessário pra manter a sanidade.

Porque definitivamente, eu moro num hospício.
Meu pai surta todos os dias o dia todo e não há cristo que agüente.
Acho que ele lambeu muita merda e ficou assim, demente.
Eu tenho que passar menos tempo em casa, até o psiquiatra concordou com isso.
Não há solução por enquanto.
Meu pai se recusa a ir se tratar. Tenho que levá-lo amarrado, mas não tenho forças pra isso. O inferno é aqui, por isso não tenho receio das coisas se tornarem piores.

Mommy gave me this rose.




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quarta-feira, dezembro 22, 2004

"Ranga-me no ato, cê e o cara só no álcool."

Hoje fui ao meu psiquiatra e minha última medicação prossegue pelo menos por mais um mês. Talvez ano que vem eu tome algum remédio pro DDA.
Mas tudo bem, porque eu comprei presilhinhas de cabelo pra usar no Natal.
Eu tinha que ir hoje no shopping, mas me esqueci. Amanhã estará um inferno, sem dúvida.
Valha-me God.

terça-feira, dezembro 21, 2004

segunda-feira, dezembro 20, 2004

Gostaria que fosse inverno aqui também.



Estou derretendo. Isso me deixa molenga e chata.

Mal amada.

Nasci pra ser vilã. Me sinto um pouco desprezível, nem pelos atos em si, mas pelo fato de que não consigo me desvencilhar desse peso que me puxa sempre pra baixo, pra inércia e apatia. Eu sempre estou a poucos passos de um grande abismo, e tento me esquecer do desespero da minha vida. O desespero é sempre uma constante.
Sinto-me chata, esquisita, sempre a esquisita e mal amada, que não se faz compreensível. Cansada de tudo isso, mas ao mesmo tempo incapaz de fazer as coisas diferentes. Essa família me desespera e o desespero não me deixa viver mais que o necessário. E assim eu sempre choro e respiro porque viver é minha obrigação. E tudo é esquisito e pesado. O ar é como se fosse lama, e essa lama pesa sobre mim e não me permite movimentos bruscos. Eu quero sair dessa lama, que me oprime e me protege. Fora daqui me sinto feliz, mas no meu cérebro reluzem fragmentos do medo, que me conduz de volta à lama da opressão e do conforto das paredes. E viver torna-se cada vez mais difícil dessa forma, nessa espessura rude de realidade, intransigente, indesejável.

Por que não consigo me sentir mais feliz? Se é que um dia fui, porque tudo agora me parece ter sido ilusão, um modo paliativo de prosseguir, quando você permanece imune a essa bruma quente de tristeza do mundo. Difícil de respirar. Como a morte. Ela parece se atrasar, rir de mim espreitando-me do armário. Ri de mim. E eu sinto isso, e choro. Sei que ela não me assusta apesar disso. É fresca, uma esperança enfim. Um pontapé de renovação. A vida se diverte às minhas custas. Me entupo de antidepressivos pra conseguir viver sem tomar conhecimento das coisas. E já me sinto meio morta, vivendo dessa forma cretina e violenta. Passageira clandestina de um trem fantasmagórico, cheio de pessoas ricas, sorrindo com seus dentes amarelos e seus casacos elegantes de pele de bicho decadentes. Elas sorriem e me intimidam com suas porcarias reluzentes, suas vidas falsas e cheias de caprichos superficiais. Sinto pena e sinto angústia diante de tudo isso. Deslocada. Sempre.

domingo, dezembro 19, 2004

A pipa do vovô não sobe mais.

Sinto saudades daquela verborragia psicótica que me acometia antigamente. Daqueles posts quilométricos cheios de melodrama desnecessário. Cadê tudo isso afinal? Onde pode ter ido parar?
Só sei que hoje esqueci de tomar meu remédio. Espero que este fato não provoque nenhum efeito colateral exótico.
Hoje consegui ver Sex and the city no canal 21, mas era um episódio que eu já tinha baixado e assistido. Mesmo assim foi legal. Só não baixo os outros porque não cabe no meu HD e eu estou protelando uma organizada de emergência.
Já estou cansada desse vício pelo caos na minha vida. Meu muquifo está sempre uma zona e eu não tenho nada do jeito que eu queria. Dá vontade de queimar tudo e ir comprar cigarros, e nunca mais voltar.

Preciso ir na loteria. Se eu ganhar na mega sena vou fazer lipoaspiração.
Me sinto mongol. Mais do que o normal e necessário. Deve ser o calor.

Hoje fui fazer o raio da prova da Unesp na puta que pariu, aliás, no Pari, embora eu não tenha parido e não seja puta, e cheguei 1 minuto atrasada e os malditos já tinham fechado os malditos portões e não abriram mais. Então eu fui me embora e aproveitei pra tirar umas fotos por aí, e depois fui pra casa do JP, e ele fez a maior surpresa e me pegou de carro no metrô. Passeamos de carro e ele me trouxe em casa. Até que pro primeiro dia ele está muito bom nisso, embora ele ache que não.
Peguei uns dvds e mais tarde vou assistir, depois de ler um pouco. Estou pensando em procurar emprego, mas estou com preguiça. Na verdade eu só queria a parte do dinheiro, que é uma eterna ausência em minha vida de lesma. *suspiros*
Posted by Hello

Da Vinci Code.

Terminei ontem de madrugada a leitura do fantástico O código Da Vinci, do Dan Brown. Foi o livro que mais gostei de ler até hoje, sem dúvida.
Agora fica aquela sensação de saudades da trama e dos personagens... acho que vou reler ele assim que terminar os outros livros já começados.

Estou com sono. Melhor escovar os dentes e ir pra cama logo. =oP
Amanhã (hoje) será um dia bizarro.

sábado, dezembro 18, 2004

Agora sim.

Matei a vontade de ter um livejournal. Minha alma poderá enfim descansar em paz.

quinta-feira, dezembro 16, 2004


Eu e meu porco estamos morrendo de calor.
Posted by Hello

Infância tem gosto de Fandangos queijo.

E isso é reconfortante.
Saudades da pré-escola... era quando a inocência não me fazia vítima da maldade alheia ainda. Agora não sobrou nada disso. Só o Fandangos e minhas células adiposas.

Nhé.

quarta-feira, dezembro 08, 2004

Veruca Salt says: I want it now!

O submarino é sem dúvida uma tortura pra mim...

terça-feira, dezembro 07, 2004

Churrasco de pônei melancólico.

Há dias venho ensaiando um novo post, mas sempre desisto por falta de idéias, tempo e novidades. Meu teclado está cheio de sujeira e comida e eu botei meu edredon, que estava encostado desde o carnaval, pra lavar, então espero que a máquina de lavar não levante vôo, porque ela fica rebolando freneticamente e isso me assusta.

No final de semana fiz as duas provas do vestibular da Puc e, espero sinceramente ter passado, embora no segundo dia tenha deixado a parte de matemática/física em branco e tenha ido muito mal em química, o que já era de se esperar.

sexta-feira, dezembro 03, 2004

Mau humor estratosférico.

Hoje acordei cedo e fui obrigada a acompanhar meu pai na endoscopia no Lavoisier, e depois fui fazer meus exames de sangue anuais em frente, no Elkis, mas descobri que os malditos se juntaram ao Lavoisier, e por isso não atendem mais meu plano da Amil, e fui obrigada a ir no Campana, que eu acho uma bosta. E o pior é que não pude fazer todos os exames e nem mijar no potinho, porque estou monstruada, então terei que ir novamente na semana que vem.
Meu pai ficou se fazendo de coitado depois do exame por causa do líquido anestésico que deixa ele mais mongo que o habitual, e depois da peregrinação por laboratórios fomos almoçar no Uno Due.
Mal resolvi dar um cochilozinho depois do almoço, a folgada da minha mãe liga pra eu ir pagar o boleto das Pernambucanas pra ela, como se eu não tivesse mais o que fazer. Pois nem me movi, eu precisava dar uma dormida.
Hoje iniciei o tratamento com um anti-depressivo novo, manipulado. Espero que tenha um efeito bom. Falei com o JP no telefone agora há pouco, mas ele está com preguiça de vir me ver, mesmo tendo prometido que viria, então foda-se ele. Não preciso disso no momento.
Minha vida é muito desanimada e tenho que lutar muito pela minha independência e auto-suficiência, especialmente financeira, que é o ponto-chave. Não sei o que fazer.
Ninguém me cobra mais isso do que eu mesma, e não é à toa que estou com uns cabelos brancos... Cansei de ser o Monstro Mya.

quinta-feira, dezembro 02, 2004