segunda-feira, agosto 26, 2013

1 ano sem babai

Segunda-feira passada fez um ano que meu pai se foi.


Além de uma dívida de cemitério que não posso pagar, perdi um grande amigo (esquisito e chato, às vezes, mas um amigo) e o único humano relevante da minha família (depois que perdi minha avó, também num mês de agosto há alguns anos atrás). Sinto saudades dele. E sempre que vejo alguma coisa que sei que ele iria gostar, eu penso nele com carinho, e como queria que ele pudesse ver/ouvir/experimentar qualquer coisa.

Ele me enlouquecia diariamente, mas apesar de tudo era meu pai, meu querido e amado pai. Lendo seus diários eu descobri coisas muito bizarras sobre mim, sobre ele, sobre o que ele pensava de mim e sobre si, e não consigo ter outro sentimento senão o de amor e carinho. Quando fiz um ano de idade, ele pensou em me dar pra outro casal adotar, por medo de não ser um bom pai, depois de me assistir caindo numa piscina infantil. Claro que, descobrindo um fato destes, eu me pergunto como minha vida poderia ter sido se minha família fosse outra, fico chateada em saber que ele cogitou abrir mão de mim, mas seu sentimento de culpa e impotência com o acontecido foi tão honesto, que só um pai amoroso poderia pensar em algo assim, porque tendo vivido com ele toda minha vida, eu sei que ele só queria o melhor pra mim, mesmo expressando isso de forma tosca.

 Espero que onde ele estiver, esteja feliz. Ele faz falta. Ele teria gostado de conhecer a Mimi.

segunda-feira, maio 27, 2013

Oi, blog.

De vez em quando me dá vontade de voltar a escrever aqui. Às vezes me questiono se eu era mais feliz na época que desabafava regularmente por aqui. Não deixa de ser terapêutico, se expressar de vez em quando. 

Meus problemas de hoje são muito diferentes daqueles da época em que criei este blog, até porque eu estou mais velha, passei por muitas coisas nestes anos todos, perdi pessoas queridas, etc. Mas esse blog é algo pelo qual tenho um certo carinho, até porque conheci pessoas importantes na minha vida através deste blog. Então, quando me der vontade, talvez eu escreva coisas aleatórias por aqui, como nos velhos tempos. Especialmente porque muitas vezes não tenho ninguém por perto pra conversar, ao menos ninguém com quem ter conversas interessantes, então prefiro não dizer nada a ninguém, mas às vezes me canso do silêncio também.

Passei muito tempo guardando meus pensamentos pra mim mesma. De certa forma não acho que eles fizeram falta pra ninguém. Mesmo se meus pensamentos pudessem ser inspiradores de algo bom ou relevante, não mudaria a natureza auto-destrutiva e a imbecilidade das pessoas. Ao menos aquelas que eu gostaria que mudassem pra melhor. Mas obviamente só posso mudar a mim mesma, e olhe lá. Por hora isso é suficiente.

Segue uma foto do Snarf e Kiki, que ninguém é de ferro.