terça-feira, outubro 22, 2002

Bolinhos de aipim


Fiquei presa no elevador com a Fernanda, minha amiga de pré-história. Foi assim: (...eu vi você passar por mim...* quem canta isso mesmo?) ela veio aqui em casa pra fofocarmos. Mas aí, ela quis dar uma volta. Fomos. Mas não passamos do elevador. Porroc poc pac! E a merda ficou presa no quinto andar. 15 metros nos separavam do solo e das minhocas que comeriam nossos cadáveres dalí por diante. Mas não morremos. As empregadas domésticas acordaram com o alarme do elevador e nos salvaram chamando o zelador.
Mas não foi inevitável o capote que levei saindo da bu**nha do elevador possuído. Capotei e passei vergonha, com um copinho de plástico na mão. Só faltaram as fraldas geriátricas e um vibrador verde enfiado no meu nariz pra passar mais vergonha. E a empregada com sua patroa loira, rica e paty e o zelador e a Fernanda, presenciaram a cena. E voou a água da Jamaica do copinho, para completar a cena bizonha.
Vou ficar com um joelho roxo. Mas tudo bem.
Pelo menos eu não morri. Pude infernizar a vida de minha amiga querida contando a saga sobre a vida moderna de minha pessoa.
Foi lindo... chorei, falei até pelos cotovelos, ouvi, surtei, debatemos e viajamos na maioneggs. E foi legal. Uma vez ao ano fofocamos bastante assim. Os vizinhos todos devem ter ouvido nossa conversa, porque falávamos no hall do prédio lá no térreo, mas tudo bem. Que se fodam se acharem ruim. Minha vida é bege, bosteada e eu dou risada. E ficar presa no elevador não é exclusividade minha. Viu só? Hehehe!

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