sábado, outubro 05, 2002

O Gil me indicou este artigo, com críticas sobre a atual moda dos blogs. Achei muito interessante e aí está o link para quem quiser ler. É um bom ponto de vista, se levarmos em consideração toda a euforia causada por este modismo atual. A maioria dos artigos publicados na mídia sobre isto, leva apenas em consideração as qualidades e aspectos favoráveis dos web logs, e pela primeira vez, vejo um texto 100% cético mostrando aspectos contraditórios sobre o mesmo alvo. Bem interessante. (Por favor, não escrevam seda com c - na frase "rasgação de seda").

A crítica do autor sobre os blogs funcionarem como um ponto de apoio terapêutico e um meio de exercitar seus dotes artísticos sendo um treino de escrita pseudo-jornalística (o sonho oculto de muitos blogueiros), demonstra uma certa insegurança do mesmo quanto ao seu lugar na mídia internetiana e quanto aos atos expostos por cada indivíduo em seus devaneios sutis do dia a dia. Pois, acredite ou não, além dos "top 10" e dos famosos blogs que vemos por aí, temos sim, muitas pessoas talentosas, escrevendo sim sobre suas vidas, sem almejar tomar seu precioso lugar de crítico literário popular. Cabe a cada um julgar o que é importante ou não ser lido e acredito sim, que isto funcione como um meio de divulgação de informações. Informações que diferem, e muito, daquelas apresentadas nos noticiários ou nos jornais, com a voz do Cid Moreira ou a Lilian Vintequibe. Não importa, isto é uma comunidade. Somos apenas mortais buscando saber como vai a vida das outras pessoas e o que se passa pela cabeça das mesmas. Porque querendo ou não, precisamos interagir. Interagimos com o mundo e com as pessoas que nele habitam, porque precisamos fazer contatos. Precisamos que as pessoas se importem conosco e nos importamos com amigos e outras pessoas que gostamos, por algum motivo ou outro, ou mesmo por pura sobrevivência. Interação. As pessoas buscam apenas isso. E o aspecto do "querer aparecer" mora justamente aí. No fundo, no fundo, este ato de criticar sem expor o lado íntimo, obscuro e mui particular de tal ato, é apenas mais um medo do modismo passageiro, que pode levar consigo aspectos mais profundos. É de caráter cético, porém, mostra um certo medo inconsciente, pois senão tal fenômeno passaria despercebido. Respeito. Achei muito bonito o texto e de âmago reflexivo.
O autor está de parabéns.
São inquestionáveis porém, os talentos que se revelam no meio destes blogs todos e destes montes de palhaçadas filosóficas que vemos por aí. Não me refiro ao simples ato de dissertar sobre a carreira misteriosa da vida moderna do "seu Crêysson" e de outras coisas popularescas (tal qual os blogs). Você entendeu. Pessoas inteligentes sempre entendem. =o)

Sit vis nobiscum.
[May the force be with you.] ;-)

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