sábado, julho 17, 2004

Jogada às traças.

JP está gribado e com conjuntivite. Ainda bem que ontem passei na locadora e já estou munida de fitas pra assistir de tarde. Ontem de noite assisti American Pie, o casamento. É meu lado idiota se manifestando.

Vi um comentário no post anterior, do Diego. Diego, se você está lendo isso, agradeço pelo comentário, fiquei sem graça, mas confesso que me senti de ego massageado (ui!). Na verdade sou apenas uma garota boboca que luta pra caber nas calças e tenta não enlouquecer com um pai que é maluco e se acha a pessoa mais normal do mundo. Talvez ambos sejamos uma ameaça à sociedade. Sabe aquela criança que não ganhou uma Barbie na infância e quando adulta criou complexos e se tornou uma perigosa assassina em potencial? Sou eu. Em dias de TPM.

Mudando de assunto, ontem foi meu último dia de aula no cursinho. Mas eu não fui. Fui na padaria comer um misto quente e fiquei com pena de uma menininha que veio me vender trambolhos de grudar na geladeira e paguei um pra ela também. Eu não levo muito jeito com crianças. Ao menos perguntei alguma coisa pra menina. Crianças me assustam. Fico com medo de dizer alguma coisa estapafúrdia, como é natural que eu fale, e fico tentando me conter e tento sempre vasculhar algo interessante e apropriado na minha mente pra dizer, mas aí fica tudo um grande vazio e aquele silêncio reticente só me permite um "pois é". Como a Macabéia, no filme.
- Pois é.
- Pois é o que?
- O que o que?
- Pois é o que?
- Só disse pois é.
- Sim, mas pois é o que?
E por aí vai.

Na quinta feira eu fui assistir Shrek 2 e a-d-o-r-e-i. Realmente é o filme da minha vida, superando ET. Sempre me senti ogra e agora vejo que ogras também podem ser um luxo. Peidando e rodando.

Ontem depois de ir na padaria eu fui na banca comprar a Speak Up desse mês que chegou e encontrei o Fábio, amigo do Marco Fábio, e fiquei conversando, até que apareceu a Bi e a Poli e a Andréia, amiga dela, e a Flávia. Então fomos na pizzaria aqui do lado de casa, mas eu não comi porque já estava comida. No bom sentido. Depois fui pra casa da Bi e fiquei conversando com ela e com as meninas, até que o pior aconteceu.
Flávia resolveu fazer chapinha, com a ajuda da Andréia, outra adepta da modalidade.
Fiquei boquiaberta com a cena bizarra, a fumacinha saindo da cabeça e elas achando tudo aquilo o máximo!
Caralho, em que planeta eu vivo que não consigo achar aquilo glorioso?
A Flávia provavelmente anda assistindo muitos filmes Disney e criou uma visão meio Pocahontas da vida, dizendo que se tivesse que ficar numa ilha deserta, levaria a chapinha, inventando mil e uma utilidades pra mesma. Ouvi pérolas do tipo:
- Mas não tem eletricidade lá, né?
Dã! Brilhante.
Entre essas e outras, ela revelou seu desejo de ser resgatada na ilha deserta por marinheiros americanos Disney, os quais pensariam que ela era uma índia nativa, pois já estaria com os cabelos lisos da chapinha, que seria aquecida no sol.
Na verdade, a chapinha deve ter queimado muitos dos neurônios dela...
Até agora ainda não acredito em ter ouvido tudo isso. Espero que meu bom senso não tenha sido afetado. Vai que isso pega?

Tô passada. Aliás, não estou. Eu gosto dos meus cachinhos naturais.
Claro que eu preservo meu lado fútil inerente ao meu sexo, de modo que se eu tivesse reais faria as unhas toda semana, nunca ficaria parecendo o Wooky, pois faria depilação a laser e faria cadimía freneticamente até caber nas calças e endurecer a bunda e os peitos. Talvez uma lipo, pra garantir. Mas como vida de Fabiana não é conto de fadas, tenho que conviver com minhas banhas, celulites e todas essas coisas que as mulheres tentam disfarçar, mas que todas tem também. E nem ligo. Princesa Fiona, lembram?
Peidando e rodando.

Vou pedir alguma coisa pra comer e vou voltar pro meu edredon.
Adiós!

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