quarta-feira, janeiro 26, 2005

whiskas

Finalmente consegui fazer o Snarf comer ração, mesmo sendo aquela molinha, de sachê. E ele comeu bastante até, e miou pra eu dar mais. Fiquei super feliz. Amanhã ele já vai voltar a cagar durinho. :-)
Magavilha!

Só estou meio chateada que meu pai continua implicando comigo e com o Snarf, por pura falta do que fazer. Que merda! Ele não sai de casa o dia todo, quando muito vai ao banco e lava uma louça, e sempre se sente a vítima do mundo e fica reclamando o tempo todo, se lamuriando e criando motivos pra pentelhar.
Quando eu saio e deixo o Snarf sozinho ele fica aflito e depois briga comigo porque o Snarf quer atenção, quer brincar, e obviamente tenta obter resposta do velho-cabeça-dura, que apenas chia com o pequeno e diz que a vida dele "tornou-se um inferno". Como se fosse ele quem cuidasse do gato! Ora bolas... no máximo ele passa a mão na cabeça do Snarf quando ele está quietinho e não parece ameaçá-lo (porque eu estou por perto pra evitar que ele suba na perna dele e o arranhe).
Será possível que nem o Snarf vai melhorar o quadro de maluquices dele?

O meu psiquiatra com toda razão insiste em que meu pai se trate, porque ele tem uma série de problemas emocionais para trabalhar. Dentre eles certamente TOC, e talvez até alguma esquizofrenia. Esse medo absurdo de doenças, se cercando delas de alguma forma, sem que no entanto ele cuide de si (apenas lava as mãos compulsivamente e nunca usa um telefone compartilhado) é realmente preocupante, ainda mais quando isso frustra quem está ao redor e torna a vida desagradável.
Meu pai é sempre desagradável.
Sei que ele está se esforçando pra aceitar o Snarf, mas fica o tempo todo dizendo que eu não faço mais nada além de cuidar do gato.
Até parece que a companhia dele me impede de fazer outras coisas. Pelo contrário. Tenho feito coisas em casa, como cozinhar, limpar e lavar louças, coisas que não fazia há muito, muito tempo. E tudo porque o Snarf trouxe alegria pra mim. Me trouxe conforto, companhia, aqueceu meu coração. O Snarf eu posso educar, e ele aprende. Meu pai, não mais. Os preconceitos dele são permanentes, e a mediocridade me entristece, mesmo num momento tão bom da minha vida como agora.

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