Hoje minha cama descolou uma das pernas pela centésima vez e resolvi me livrar dela para todo o sempre. Sábado passam pra buscá-la, fiz uma doação pras casas André Luiz no auge da réiva. Agora durmo com o estrado e o colchão e por enquanto está ótimo assim. Snarf é que sentiu a falta da cama, porque ele gostava de ficar lá em baixo dormindo, enquanto eu não apago a luz, nesse horário do sono de beleza dele.
O título do post é porque passei o dia lendo a edição número 1, carésima e bizarramente traduzida do manga de Natsuki Takaya cujo nome está alí. Achei legalzinho, mas como disse, acho muito caro (R$ 9,80 por cerca de 200 páginas em papel jornal e tamanho pocket) e não gostei da tradução pro português dialético dos "mano". Acho que não vou mesmo comprar as próximas, já que não tenho dinheiro sobrando e por causa dessas gírias que estragam tudo. Passei vários dias usando troco-de-qualquer-coisa-que-comprei-na-volta-da-faculdade pra pagar o jornaleiro, e na verdade ainda devo 2 reais. Hahaha! Que patético.
Em breve nova sacola-gato, do tipo daquela que fiz pra minha velha no dia das mães. Espero que fique decente e que ache logo uma candidata a comprá-la, pois eu preciso de dinheiro pra pagar umas contas e comprar tecidos pra começar a fazer outras coisas. Quero me aperfeiçoar na costura e ver se faço isso mais rápido. Normalmente demoro bastante pra fazer uma bolsa. Deixei tudo separado na mesa da sala pra terminar amanhã.
Fiquei pensando, se tiver que sair da PUC eu vou sentir muita falta das aulas de Cultura Contemporânea e de Teoria da Informação e da Comunicação. Pra mim são as melhores matérias do primeiro semestre. Claro que posso ler sobre o assunto, fazer pesquisas e estudar sozinha, como sempre fiz com as coisas que me interessam, mas não tem aquele estímulo do professor, a pressão pra tirar 10 nos trabalhos e provas, apresentação de seminários, essas coisas. Mas tudo bem. Ando cogitando voltar a estudar pro vestibular. Essa chatice que me persegue. E prestar artes plásticas ou algo assim na Unesp e USP. Meu medo é não passar. Eu não tenho mais tempo pra ficar perdendo com isso. Vestibular é meio idiota, não sou uma estúpida, mas essas provas são de esgotar, e sem muito sentido. Se valesse mais a redação, criatividade, essas coisas, seria mais fácil pra mim. Química, por exemplo, é uma coisa que não entra na minha cabeça e nunca precisei e nem pretendo precisar. Mas tá lá, na listinha fascista do vestibular. Pentelhíssimo vestibular.
Já tenho 24 anos, o pessoal da minha idade já se formou ou está se formando. E eu tenho que ficar nessa caralhada constante das dúvidas, e quando não é a dúvida sobre o que fazer, é a falta de dinheiro pra poder fazer o que eu quero. O dilema eterno da minha existência (mas pelo menos $olucionável). Tudo bem que, nesse quesito JP tem toda razão. Ele está correto quando afirma que faculdade não garante nada (não garante que um idiota se transforme numa mente inteligente, tampouco forma talentos ou pessoas de fato capacitadas pra fazer o que elas deveriam fazer mas não conseguem). Claro que há sempre exceções, mas a grande maioria das pessoas realmente é limitada, sem criatividade, sem grandes idéias. E nesse aspecto, eu tenho muito medo de ficar só na mediocridade. Eu ainda não consigo me aceitar medíocre, igual a 95% das pessoas ao meu redor. O bom é quando achamos pessoas compatíveis e com afinidades intelectuais. Não que eu me ache inteligente, pelo contrário. Mas com pessoas brilhantes perto acho que fica mais fácil tomar o mesmo rumo.
E o que eu estava pensando quando resolvi escrever esse post é que, quanto menos assunto e menos coisas de fato relevantes a dizer, mais a pessoa escreve desnecessariamente, enchendo firulas, e a prova disso sou eu.
A vida é deveras complicada e esquisita. E hoje não pisei fora de casa, do meu mundinho patético entre as paredes sujas desse apartamento velho. Ando muito medrosa, acomodada, idiota. Igualzinha ao modelo de paspalhice que tanto critico nos outros. Besta, não? Sim sim. Muito bestinha.
Agora vou ler um pouco mais antes de dormir, que me sinto meio broxa do cérebro depois de tanto tempo vendo tevê nos últimos meses. Dá uma baita diferença, é incrível. Pior que isso, sô ver tevê e tomar antidepressivos pra ficar dopada totalmente. Na hora de pensar a dificuldade é imediata. Não recomendo que experimentem.
Estou meio carente e meus peitos andam sensíveis e mais duros que o normal (essa é a parte boa), o que é bem esquisito. E agora estou menstruada, mas até aí... Nada a ver com o assunto, mas preciso parar de comer doces. Parece que quanto mais doces eu como, mais as lombrigas se assanham. Deixa pra lá. Vou ao livro.
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