sexta-feira, maio 27, 2005

Oi, blog.

Sabe, sinto sua falta. Gosto de ficar escrevendo aqui, preenchendo o espaço em branco com todas essas letrinhas. Mesmo quando não tenho muito o que dizer, porque minha vida tem se limitado a essa existência entre paredes, entre a sala, o quarto, banheiro e cozinha. As rotineiras e automáticas visitas à geladeira, o tempo todo caçando o gosto açucarado da esperança (de parar de comer doces, caber nas calças e ter uma existência mais interessante). Eu acho que fico pensando demais, e acho que esse é o mal dos deprimidos. Porque quem pensa muito sobre si, sua vida e o mundo, acaba ficando deprimido. Acho que a vida da gente nunca é boa o bastante, nunca como gostaríamos que fosse, a não ser pra alguns sortudos, porque somos eternos insatisfeitos, e acho que isso é inerente ao homem. Ficamos nessa de imaginar como seria se tivéssemos isso,se fôssemos aquilo, como gostaríamos de. De qualquer coisa, não importa.

Meu sonho, por exemplo, é acordar magra. Lipoaspirada, ou mágica mesmo. Abdução. Qualquer coisa, mas sem essas gorduras. Eu e mais um monte de insatisfeitos. Porque nem adianta reclamar na fábrica que não trocam a carcaça. O produto é esse mesmo, e se não gostou, melhor tentar na próxima encarnação uma genética mais aprimorada.

Eu queria saber escrever bem, entreter milhões de leitores, ter uma criatividade interminável, e ter a facilidade pra ficção como pra comédia. Não pela fama conseqüente, mas pela finalidade em si, pela leitura, no caso, pela escrita. Stephen King me faz morrer de inveja. Como aquele homem escreve tanto, meu deus? Ele escreve toda hora um livro novo, um seriado, um conto, não param de brotar as idéias absurdas, as tramas de suspense na cabeça dele. Na minha cabeça só brota cabelo e idéia de girico.

Idéia de girico, por exemplo, é comer um pastel gorduroso de palmito no jantar e depois tomar um café cheio de açúcar. Então acontece a mágica do enjôo. O enjôo que antecede esse tipo de post, que acaba sendo uma espécie de vômito. É o velho estigma de terapia barata que isso tem. E por isso acaba mesmo com essa aparência de velha carcomida. E eu venho vomitar aqui meus pensamentos disconexos, já que ninguém tem mesmo nada a ver com isso.

Meu amigo Jeferson tomou vergonha na cara e sucumbiu ao canto de sereia do blog. Logo ele, que achava a maior bobagem. Foi fisgado. Achei legal. Nunca é tarde pra se deitar nos divãs virtuais pela primeira vez. Ui!

Meus planos de usar PHP no Mac não estão dando muito certo até agora. Mas ainda vou tentar resolver isso. Deve sempre ter algum jeito exótico pra essas coisas funcionarem. Já as coisas simples, funcionam que é uma beleza. Mão na roda esse brinquedinho.

Hoje (ontem) a Érica veio me visitar e trouxe a Úrsula pra eu conhecer. Úrsula é a cadelinha dela. Muito fofa. Trouxe ela aqui pra cima pra ver qual seria a reação do Snarf. Os dois não brigaram nem nada. Snarf ficou com um pouco de medo, se equilibrando no meu ombro olhando a nova amiguinha andando de um lado pro outro super à vontade, balançando o rabo freneticamente. Se cheiraram e se deram bem, mas Snarf não quis brincar e fez fuuu fuuu pra Úrsula, porque teve medo, já que ela foi correndo na direção dele pra brincarem. Snarf tem medo quando ela vai na direção dele, e se depender dela, ela vai mesmo, doida pra brincar com ele. Se ficassem mais tempo juntos, capaz de logo dormirem juntos na almofada e compartilharem o pote de água. Crianças... hehehe!

*suspiros*
Faz tempo que meu namorado não comparece, ando meio precisada... acho que estou tão gorda e repugnante que ele não quer mais saber de mim. Mas tudo bem. Deixa só eu repaginar meu look que ele vai ver só. Talvez troque ele por duas de 11. Credo. Não tenho vocação pra Michael Jackson não, nem babá. Hahaha! Mas vai que um bofe interessante não baixa aqui no meu terreiro? Hummm...

Bem, mas mudando de assunto, estava meio triste por algumas coisas serem tão constantes e não mudarem nunca, como a cretinice das pessoas (e a minha mesmo). Tem gente que não admite que um copo se quebre sem dar um escândalo, enquanto tantas outras coisas são mais importantes que essas coisinhas medíocres, mesquinhas. Sinto uma mistura de pena, com desprezo e ódio. E acho péssimo sentir isso e gostaria de jamais precisar sentir isso novamente, mas sei que é em vão, porque assim que houver outra chance, essas facetas do lado idiota do ser humano se revelam novamente. Enquanto isso, melhor ligar o velho foda-se mode e ser feliz com meus botões.

E já que mencionei sobre botões, estou aqui ouvindo Nightwish na companhia do meu gato (Snarf), com vontade de sair pra andar de patins ou algo assim pra queimar calorias. My diet must go on.
Tô incabível nas calças. Já falei isso mil vezes, eu sei. Acho que preciso de uma grande motivação, sabe? Uma paixão, um grande objetivo, algo nobre pra se inspirar. Algo inédito, se é que é possível. Quem sabe?

Bom, vou tentar voltar às leituras que interrompi. Pelo menos já é alguma coisa, a curto prazo. Ler nunca é demais, enquanto há café.
Preciso achar minha caixa de ansiolítico pra quando bater ansiedade e compulsão alimentar. Vou procurar também.
Eu pareço mais um grande improviso.

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