Eu realmente poderia viver no banheiro. Lá tem palavras cruzadas, papel higiênico fofinho, água morna no chuveiro (quando ele não queima) e um ambiente propício a sensações remotas.
À água quente caindo nas costas traz pseudo-lembranças perdidas do utópico amor familiar e proteção amniótica e traz uma sensação de ligeira paz, isto é, quando ninguém está a perturbá-lo batendo na porta.
Meu pai está totalmente surdo, louco, idiota. Completamente boçal.
A TV está tão alta que meus tímpanos poderiam estourar. Adianta falar? Obviamente não.
Sinto-me uma orca esperando uma vaga no Sea World.
Mas preciso depilar as nadadeiras, senão as crianças vomitarão.
Quero me jogar da janela e ter a sensação de que poderei voar e encontrar uma nuvem distante pra morar, onde tenha academia e depilação grátis, além de comprinhas fúteis indispensáveis garantidas.
Eu vou enfiar minha cabeça na privada. Humpf.
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