Diálogos de cursinho:
Cretino 1, 2 e 3 estão conversando durante a aula por um tempinho sem que respeitem a mim, que estou do lado tentando prestar atenção na aula de redação.
Fabiana se irrita: Escuta, dá pra vocês conversarem lá fora ou falarem outra hora, por favor? Eu estou tentando prestar atenção e essa conversa de vocês está me atrapalhando.
*silêncio*
E eu assisto minha aula.
Fim da aula.
Cretina 1: Escuta, quando quiser nos aborde de outra forma, você não precisava falar daquela maneira.
Fabiana: Eu tenho dificuldades de me concentrar com conversas paralelas. O mínimo que deviam fazer era respeitarem quem está aqui querendo aprender e ver a aula.
Cretina 1, com o 2 e 3 falando algo que não entendi ao mesmo tempo: mas estão aqui e pagaram pra assistir a aula, nós estávamos falando sobre a matéria e não só conversando.
Cretino 2: era sobre a matéria, pipipi popopó.
Fabiana: o assunto e motivo do diálogo de vocês pouco me importa, desde que façam isso fora da aula ou durante os intervalos. Em momento algum faltei com respeito no meu pedido. Eu poderia simplesmente ter mandado vocês falarem no quinto dos infernos, mas pedi por favor que interrompessem o diálogo pra que eu pudesse me concentrar na matéria.
Houve uma pequena discussãozinha sem sentido, com o Cretino número dois resmungando entre a Cretina 1 e a Cretina 3.
Falaram mais alguma coisa, mas não prestei atenção. Aí o professor entrou na sala e tentei me acalmar e entender a aula de química.
Definitivamente, devo estar velha, e não me refiro a idade biológica.
Ou talvez eu seja certinha demais (quem me conhece de longa data irá rir) e não suporte gente sem noções de educação, de modo que acabo não usando eufemismos na hora de abordar alguém pra dizer o que penso.
Talvez eu seja apenas mala, ou talvez não. É melhor eu pensar que não em nome do amor.
JP disse que eu é que não sei falar com as pessoas. Será?
O Gustavo também já me disse isso.
Por que as pessoas entendem errado quando uso português claro e deixo evidente todos os porquês? Não acho que preciso tratar ninguém como criança, pois nessa idade ninguém é mais tão fragilzinho assim.
Fim do episódio cursinho de hoje.
Esperei um tempão o ônibus. Antes tivesse levado em conta a hipótese de voltar a pé. Teria chego antes e queimado umas calorias.
E há alguns minutos levei um tombo aqui na porta desse quartinho num maldito tapetinho inútil que estava na porta e escorregou. Surfei naquela merda e fui ao chão.
Não falta mais nada. Ainda bem que já deu meia noite, assim não corro riscos de acontecer mais nada por hoje pelo menos.
Acho que minha mãe esteve aqui enquanto estava na aula.
Há comida na geladeira dentro de tupperwares e um pedaço de bolo, que não brotou por livre e expontânea vontade lá dentro (a furada teoria da abiogênese! Ohhhhh!).
O que será que ela pensa de mim, já que não fui na casa dela ontem? Ela deve me odiar agora. Ou não? Não sei. Como não atendi telefones hoje, ela deve ter ligado pra me xingar, mas ainda não ouvi o "nunca mais faço nada pra você". Estou adiando este momento.
Estou mais ou menos hoje.
E ainda por cima ainda não menstruei direito.
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