segunda-feira, agosto 26, 2013

1 ano sem babai

Segunda-feira passada fez um ano que meu pai se foi.


Além de uma dívida de cemitério que não posso pagar, perdi um grande amigo (esquisito e chato, às vezes, mas um amigo) e o único humano relevante da minha família (depois que perdi minha avó, também num mês de agosto há alguns anos atrás). Sinto saudades dele. E sempre que vejo alguma coisa que sei que ele iria gostar, eu penso nele com carinho, e como queria que ele pudesse ver/ouvir/experimentar qualquer coisa.

Ele me enlouquecia diariamente, mas apesar de tudo era meu pai, meu querido e amado pai. Lendo seus diários eu descobri coisas muito bizarras sobre mim, sobre ele, sobre o que ele pensava de mim e sobre si, e não consigo ter outro sentimento senão o de amor e carinho. Quando fiz um ano de idade, ele pensou em me dar pra outro casal adotar, por medo de não ser um bom pai, depois de me assistir caindo numa piscina infantil. Claro que, descobrindo um fato destes, eu me pergunto como minha vida poderia ter sido se minha família fosse outra, fico chateada em saber que ele cogitou abrir mão de mim, mas seu sentimento de culpa e impotência com o acontecido foi tão honesto, que só um pai amoroso poderia pensar em algo assim, porque tendo vivido com ele toda minha vida, eu sei que ele só queria o melhor pra mim, mesmo expressando isso de forma tosca.

 Espero que onde ele estiver, esteja feliz. Ele faz falta. Ele teria gostado de conhecer a Mimi.