domingo, outubro 27, 2002

Eleições, a saga. Parte II. O segundo turno.


Não, não é nada agradável acordar às 6:45 para estar às 7 no colégio pra montar urna e fazer papel de idiota com a cara amassada. ODEIO isso. Me sinto indo para uma cirurgia de mutilação cerebral, pra uma lobotomia bizarra a qual não tem mais volta, é irreversível e obrigatória. Me sinto assim. Dedicando meu precioso tempo para fazer feliz cerca de 400 eleitores que terão o prazer de ver meu rostinho lindo. E putaquepariu! Que disperdício de capacidade! É subestimar demais a minha inteligência. Shit.

Apesar da função ser cumprida muito bem por praticamente qualquer idiota com um nível de instrução mínimo, há ainda quem se atrapalhe. Na minha sala, claro. Algum retardado (leia-se mesário/suplente) pediu pra uma eleitora (Maria Lucia) assinar o caderno e pegar seu comprovante eleitoral. Até aí, tudo bem. Mas qual não foi meu espanto quando o eleitor Paulo foi assinar no caderno e encontrou a assinatura da Maria Lucia em seu lugar. 3 páginas os separavam, além do óbvio. Quero que tenha uma puta dor de barriga o retardado que permitiu que esta insana assinasse no lugar do cara. O cara ficou puto, pois a mulher levou o comprovante errado! E com razão.
Só que nessas horas, as pessoas se sentem no direito de protestar, sapatear até cair as calças. Cadê o lado racional? No meio do rabo!
Seres humanos me deprimem.

No final, resolvi o problema com o fiscal, outro ser que tenho minhas dúvidas quanto à eficácia, mas que pelo menos soube ser calmo e atencioso. Meu, impressionante como tem gente que não consegue fazer coisas básicas. Eu surto quando vejo coisas assim. Fico emputecida. E é tudo gente do meu bairro, pessoal de classe média, que estuda em escolas particulares, não são pé rapados sem instrução e chucros. O caso é que o cérebro derreteu de manhã.

Indignação total. Chega.
Estou agora nas minhas 3 horinhas de almoço... Hehehe! =o)
Vou chorar as pitangas e almoçar. Chuinf.

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