sexta-feira, janeiro 09, 2004

Conga la conga... conga conga conga... (post de 08/01)

Eu vou escrever bem rápido porque eu preciso vencer o sono que me habita.
Tentarei ser rápida e precisa, como uma bala perdida.

Infâmias a parte, ontem a polícia tocou minha campainha.
Eu estava de calcinha e top, pós pedalada em Lady Neide, fazendo ginástica com pesinhos (brega pra caralha, eu sei) ouvindo meu novo cd da Track and Field, porque eu finalmente tive coragem de entrar naquela loja cheia de patrícias magricelas porque já assumo minha postura de ex gorda, mesmo ainda não cabendo nas roupas porque serei glamour, vai ser frisson.

Voltando naquela parte das polícias, eu estava descabelada e semi-nua, exibindo a popozidade adiposa exuberante quando toca a campainha, lá pela 1 hr da madrugada, já estava quase indo tomar banho pra ir dormir.
Eu logo fui ver quem era pensando: porra, não é possível! Quem será a essa hora? Que coisa estranha... ninguém toca jamais a campainha este horário, muito menos sem avisar pelo interfone... deve ser uma vizinha louca talvez.

Boto o olho no olho mágico e olho para o outro lado da porta: vejo uns 5 PMs armados até a bunda, apontando escopetas e metralhadoras e outros artefatos bélicos para minha porta humilde.
- CARALHO, o que foi que eu fiz?!!!!!!!!
Será possível que meu som esteja tão alto que a vizinha foi logo botando a polícia na minha porta?
Mas como? Não pode! Meu pai está dormindo com o som e nem tchum... - pensei com meus botões.

Antes que metralhassem minha porta, perguntei o que eles queriam com minha pessoa, porta ou o que quer que fosse.
- O que é?

Abra a porta! Tá tendo um assalto aí no prédio, a gente veio ver se tá tudo bem aí.

E eu:
- Não dá!!! Tô de calcinha! Tava fazendo ginástica!

(HAHAHAHAHA! Que ridículo! Eu confessando meu estado de ridicularidade têxtil diante um cardume de profissionais do grito... afff!)

Aí pra não morrer com a porta sobre mim (porque não duvido nada que eles metessem o pé na pobre porta), abri de vagar, botei minha cabeça pra fora tentando esconder a bunda, porque eles nem quiseram negociar o fato de eu colocar uma vestimenta mais propícia e tentei esconder a bunda atrás da porta.
Pelo menos convenci os tios a não entrarem, porque seria difícil dizer: pode entrar desde que não olhe minha bunda, porque a essa altura do campeonato, estava até pensando nisso, sob o efeito daquelas armas enormes me intimidando.

Aí foi foda, eu quase me caguei.
Nunca vi tantas armas na minha vida, aquilo realmente dá poder para as pessoas.
Menos de 30 segundos e eu já estava trimilicando.

De qualquer modo, nem me importava mais o assalto, o negócio é que eu fiquei num misto de êxtase pela emoção do acontecimento com uma certa aflição pelo fator negativo da coisa, olhando até dentro do sapato pra ver se não tinha nenhum elemento estranho, me borrando de medo de encontrar algum assassino sanguinário sanguinolento.


Jisuis! Que foda... e claro que Vilma, a vizinha viúva que viu a uva de vovó foi logo telefonando com a voz chorosa procurando um ombro masculino (ou quase isso) para consolá-la após a terem tirado, com tamanha violência, de sua paz transcedental.

E eu fui tomar meu banho, o circo do sobe e desce de pms e suas metralhadoras e pistolas reluzentes automáticas ou semi-automáticas digitais ou analógicas, perpetuou-se por toda a noite e eu fui dormir.

Dormi, e meu pai mala sem noção ficou me incomodando de manhã me acordando antes da hora que eu botei minha tv pra despertar, pra me roubar mais minutos preciosos de sono e me irritar profundamente.
Aí fui pra porra da Atento prum treinamento que deveria começar às 11hs e terminar às 13hs, porém, só começou às 12:23hs e terminou muito depois, então comi uma maçã e uma barrinha de cereal e fui trabalhar até as 20hs.
Aí eu fiquei passando mal com uma dor de cabeça lancinante, e minha água estava com gosto de giz de cera, torcendo pra dar logo meu horário e me mandar, e também torcendo pra ninguém ligar lá porque eu ODEIO aquele fone tosco em minha orelha e aquele povo gritando e me ensurdecendo.

E, claro, ainda não recebi o salário de dezembro, tampouco o vale transporte, quiçá o vale-lanche.
Perguntei no RH e disseram que amanhã sem falta depositam. Eu duvido, mas vou tentar ser otimista...
Enquanto isto, estou pagando pra ir trabalhar e não o inverso. Tem algo podre na pimenta do reino.

E eu me dei ao luxo depois desse dia de fezes de comer no Mac Bobald's e deslizar barranco abaixo todas as horas-extras que fiz em Lady Neide ontem, enquanto falava (por 60 minutos) com ela no celular, pra gastar os 500 reais de bônus em conversação da promoção de natal Vivo.

E poxa vida... a Laura tem que parar de sacanear com a Maria Clara na novela! Caramba, assim não dá.
Ela não tem o menor estilo, não sabe nem usar sabres de luz, que idiota!

E semana passada vi dois gatinhos na rua, em dias diferentes, ambos filhotes, queria muito ter levado um deles comigo... buig. Não morro em paz enquanto não tiver um bicho. Um gato, mais especificamente. Deve ser legal, pulando a parte de limpar a caixa de areia. E talvez eu não me sentisse tão só.

Bem, hoje eu paro por aqui. Era só pra ser um resumo.

Tá bom, eu esqueci de dizer que fui nas lojas Renner pagar o boleto atrasado de dezembro, tinha um cara fedorento lá na fila do caixa e eu queria enfiar o nariz dele no cu (dele).
Adquiri um novo top, um sutiã rosa e umas calcinhas, entre elas, do Linus (Peanuts) com seu cobertor de segurança.
E agora preciso pedalar, pedalar e pedalar.

Eu sou uma consumidora compulsiva, preciso parar com essa merda de fazer compras e ficar parcelando.
Ai, tem uma pulseira tão bonitinha!!! Huhuhu!
Até me esqueci o que vim fazer aqui mesmo... Bem, vou dormir.

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