quinta-feira, março 18, 2004

Querido diário,

Ontem tirei meu Nuvaring de manhã, acho que por isso devo ter tido um revertério hormonal, o qual me proporcionou uma DR de noite e muitas lágrimas e sentimentalismo desnecessário.

Está entrando um cheiro de pipoca irresistível pela janela...

O fotolog está fora do ar pra mudanças, e logo agora que fiquei viciada nisso, está fazendo falta...
E pra variar, tiro foto de tudo o tempo todo.
Hoje a pérola foram adesivos na banca aqui da esquina. Assassinatos do nosso bom português.
"Fazemos serviços digital". "Deus é jóia. O resto é bijoteria".
Não mereço.

Busquei meu edredon na costureira e paguei a saia que usei no meu aniversário. Ela não chegou a fazer minha frente única, então peguei o tecido de volta e paguei menos. Quando dominar o mundo comprarei uma máquina de costura.
Ontem comecei a bordar lantejoulas numa Hering velha, mas acho que vestindo não ficou muito bom.
Dá um trabalhão.

Estou com idéias lúbricas na cabeça, mas a possibilidade delas materializarem-se é improvável.
Eu bem que estava achando estranho meu comportamento de ontem. Só pode ser essa diferenciação hormonal da pausa do Nuvaring. Strange, very strange... Fiquei sensível demais.
E hoje estou me sentindo meio apática, embora feliz, mas menos carente que ontem.

Comprei revistas na banca e agora tenho bastante papel pra ler.
A última Bravo! veio com o logo da editora Abril, representando a nova parceria das editoras. Eu não gostei disso. Espero que o nível da Bravo não caia, como o das outras revistas da Abril, que já não são como eram antes. Estão cada vez mais idiotas.

Daqui a pouco vou assistir a novela e me lobotomizar mais um pouquinho. E dá pra sentir a grande diferença que isso faz em nossas cabeças. Eu estou atordoada ultimamente, sem inspiração e nem a verborragia que me é tão comum e necessária. Parece que as palavras sumiram da minha cabeça, e até mesmo as vozes. Tá, as vozes é só ironia mesmo.
Mas as palavras parece que sumiram na mesma proporção em que voltei a ver tv.

Passei de tarde na locadora, pra garantir as fitas do final de semana. Mesmo com a inauguração de uma Blockbuster há duas quadras aqui de casa, há pouco mais de um mês, nos finais de semana parece impossível encontrar disponível o filme que quero ver. Vou torturar o JP, fazendo ele assistir Lisbela. Mas, depois que ele viu Madame Satã, tem mais é que suportar mesmo.

Ainda não terminei o livro do Maquiavel. Eu gostaria de ler mais rápido. E ler muito mais.
E que minha memória fosse mais que vaga lembrança.
E gostaria de escrever como Machado de Assis; e queria ser uma mulher machadiana, de verdade. Embora isso possa assustar as pessoas mais próximas.

Depois eu volto. Eu sempre volto.

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