sábado, março 05, 2005

Nhé!

Estou bem chateada, a quem interessar possa. A quem deveria não interessa, então foda-se. E a gente segue andando. Não fosse a companhia do Snarf nessas horas, minha vida não teria mais sentido. Eu penso comigo: eu não posso desistir. Mas eu tenho gosto pela derrota e vou sempre querendo entregar os pontos sem batalhar porra nenhuma. Porque eu sei que minha vida é e sempre será cheia de obstáculos, e isso me deixa muito triste, e eu sou preguiçosa, queria algo mais cômodo, confortável. Passar a tarde na manicure sem peso na consciência, sem pensar em trabalho, contas a pagar, nome no SPC, pai doente, vida cheia de percalços, família esquisita, dever 11 reais pro taxista, a pia cheia de louças pra lavar, uma bunda enorme que não cabe mais nem nas calças 44, toda a confusão da minha mente e os problemas rodopiando noite e dia para que eu nunca os esqueça, mesmo que o queira. É óbvio que as pessoas normais têm seus problemas e nem por isso se deixam intimidar, porque isso é a vida mesmo. Talvez seja hora de eu começar a andar apenas com pessoas mais batalhadoras, mais bem resolvidas, que estou farta de ter exemplos de coisas que não pude, não posso e não poderei me dar ao luxo, "a nível de" estilo de vida.
Queria muito que houvesse aprendizado sem sofrimento. Isso tudo apenas tem me tornado mais amarga. De certo modo, intolerante, chata mesmo. Invejosa, talvez. Não me conformo de ver gente esbanjando na minha frente; é mais ou menos como comer um frango assado na frente de um cara que não come nada há uma semana. O cara pira. Ou não, sei lá. Nunca fui muito católica mesmo.
Tô cansada disso tudo, a vida maltrata. Meu corpo padece por causa da minha burrice. Cérebro idiota, como diria o Eustáquio(?). Idiota. Talvez fique bom num pote de repolho em conserva, só serve mesmo pra chucrute. Écati.

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