domingo, maio 15, 2005

Eu sou um lapso de memória - ou o gnomo da cachaça me abduziu.

Mês passado a Polly me passou uma corrente literária blogueana pra eu responder, mas entre as mil pitombas da faculdade, minhas crises existenciais e outras firulas, esqueci.
Mas ela há de me perdoar se deus quiser. Toda vez que eu lembrava de responder era estando offline. Porque por algum rombo no meu cérebro eu não consigo lembrar de fazer isso estando em frente ao computador. É típico de Fabiana isso. Mas vamos lá.

1. "Não podendo sair do Fahrenheit 451, que livro quererias ser?"

Bom, agora que descobri o que quer dizer essa pergunta vendo a sinopse do livro, e vendo que não se trata do filme do Michael Moore, se eu pudesse ser um livro a ser salvo das chamas inquisidoras de um futuro sem livros... acho que seria emocionante e promissor ser O manifesto comunista do Marx e Engels, ou O pequeno príncipe, de Exupèry (não sei se é assim que escreve e estou com preguiça de olhar). Mas, se eu fosse um livro a ser queimado nas chamas de "Alá", seria qualquer um do Paulo Coelho, ou esses de auto-ajuda do gênero Lair Ribeiro. Fogo neles!

2. "Já alguma vez ficaste apanhadinho(a) por um personagem de ficção?"

Só uma observação: quem escreveu este questionário é de Portugal? Apanhadinho? *risos*
Não fiquei, que me lembre. Ou talvez tenha, mas não a ponto de me recordar assim...
A verdade é que vários livros já me empolgaram bastante, daqueles que ficamos aflitos e torcendo pelo personagem, mal podendo esperar pra ver o que vai acontecer no próximo capítulo, mas acho que nunca fiquei arrebatada por um personagem assim pra citar um nome.

3. "Qual foi o último livro que compraste?"

Laranja Mecânica, Anthony Burgess, de presente de aniversário pro JP, mês passado. Pra mim, comprei Teoria da cultura de massa, org. de Luiz Costa Lima (textos de autores da Escola de Frankfurt citados e comentados). Comprei os dois juntos.

4. "Que livros estás a ler?"

Muitos, ora pois! Pra faculdade e contra minha vontade, Pensando a física, de Mário Schenberg. Neste leio somente o essencial, claro.
Pra fazer um seminário que já apresentei, comecei a ler O capital vol.1, Karl Marx. Achei bem bacana, mas não li tudo e pretendo retomar um dia. Aproveitei e dei uma sapeada em O manifesto comunista, de Marx e Engels, e achei FODA. Adorei. E até gostei de fazer o seminário por isso. Tô guardando o finalzinho pra daqui a pouco.
Teoria da cultura de massa também foi uma compra de critério universitário... mas eu pelo menos acho o tema ótimo e ainda estou lendo devagarinho.
Lendo também, por puro prazer desta vez, À espera de um milagre, do Stephen King. É o primeiro livro dele que leio, embora não seja o primeiro que compro. Ainda estou na primeira parte. Como vi o filme antes, os personagens já tem rostos, o que é bem legal nesse caso. Hehehe!
Comprei no sebo aqui da frente Anarquistas, graças a Deus da viúva do Jorge Amado. Ainda não terminei também. É bestinha, mas os lugares que ela cita são conhecidos pra quem vive em São Paulo (grande coisa...).
Dei uma olhada em Elementos de semiologia e me assustei. Algo como a arte de semear miolos. Adiei. Tá aqui do lado, e o Kleber logo vai estar querendo o livro dele de volta de tanto que estou enrolando. Acho que vai ter o mesmo efeito que um chá de fita VHS.
Bem, no momento só esses mesmos, porque tenho multa pendente na biblioteca e não posso pegar mais livros por enquanto.

5. "Que livros (5) levarias para uma ilha deserta?"

Bom, ao menos um deles haveria de ser de auto-ajuda, pra me fazer suportar a estadia longe da tecnologia. Um que me convença das maravilhas da vida ao ar livre e com sol e insetos.
Livros grandes, do tipo Barsa...
Coleção de contos do Machado de Assis, daqueles que tem tudo e mais um pouco num volumão. Um do Nelson Rodrigues, pelo menos, que não seja aquele de futebol. Boa hora pra ler Balzac. Pode ser em francês (pra eu aprender na marra), levando um dicionário de contrabando. Gosto de Balzac.
Levaria também um (já que não dá pra levar todos) do Jorge Amado. Cacau ou Suor, que ainda não li. Ou Jubiabá.
Foda escolher só cinco, né? Não posso levar coisas que me lembrem de tecnologia, claro. Até cogitei o Hitchhiker's guide to the galaxy do Douglas Adams, mas não...
Melhor ir de Monteiro Lobato, que é mais garantido.
Ou um do Shakespeare, em inglês, com um dicionário "heritage" de brinde.
Se bem que não tô levando nenhum russinho, né? Que chato... Melhor trocar o Jorge Amado por Crime e Castigo, do Dostoiévsky. Ou um Tolstoi, sei lá. O que estiver em promoção. Haha!

6. "A quem vais passar este testemunho (três pessoas) e por quê?"

Pra Julia, claro. Ela vai me amar assim mesmo depois disso.
Pra Ana Paula, que também é muito fofa e lê essa birosca aqui assiduamente, sem praguejar contra minhas infâmias.
E pra ... ah, não sei... alguém se candidata?
Vou tentar a Ju que mora no origami, só pra ver o que ela acha...

Polly, desculpe a demora, muito obrigada por se lembrar de mim.
Hoje não estou num momento glorioso, mas foi muito divertido responder. Bom pra nos fazer pensar em coisas boas, eu estava precisando mesmo. :-)

Beijo nas crianças.

2 comentários:

Anônimo disse...

ei já respondi.
beijus.

ju que mora no origami.
[adorei isso]

Fabiana disse...

Ju fofa!