quarta-feira, agosto 17, 2005

Kill me please.

Meu pai é um forte candidato a hospício, uma pedra pontiaguda no meu sapato.
Eu já estou com dor nas costas e ainda são 9 horas da manhã.
Meu pai fica dando gritinhos histéricos e não me dá sossego e tenho vontade de matá-lo, mas estou ocupada demais tentando terminar um trabalho e essa bicha aposentada não consegue ficar de bico fechado. Queria muito poder enchê-lo de porrada, até que o cérebro-aposentado dele volte a trabalhar.

Queria que um cometa atingisse em cheio este lugar. Pofff! E tudo estaria terminado.

O velho não para de gritar em casa, minha pele está ressecada e repuxa e eu já passei creme e estou ficando paranóica, além do sono... Engordei e minha pança fica pendurada na calça, o que me preocupa ainda mais. Quer dizer que talvez eu tenha batido um novo recorde de baranguice. E só não choro e corto os pulsos porque o sono é maior.

Pelo visto vou ter que arrumar outro lugar pra trabalhar, ou esquartejar esse velho que não para um minuto de me aporrinhar. Caralho, meu karma é brabo. Tá legal que eu tenho que suportá-lo nessa vida pra queimar meu karma ruim e transcender, mas tanta loucura já é demais e eu não agüento. Dizem que Deus não dá mais sofrimento além do que podemos suportar, mas eu acho que isso é mentira. Porque viver sofrendo não é viver de verdade e então acho que não vale a pena, e não faz o menor sentido. E esse sádico que nos vigia só pode estar de sacanagem, já que esse mundo não tem salvação. Prova disso é esse país e esse povo sem vergonha na cara (e eu faço parte do mar de lama também, assim como você que está lendo e todo mundo ao redor, dê o edí ou não).

Agora vou tentar escapar das garras sonoras-desafinadas-ensurdecedoras do velho gagá cantando no banheiro. Não é à toa que ele está surdo. Ele próprio deve ter se ensurdecido com os assobios horríveis que ele dá. E, convenhamos, melhor assar no inferno que ter alguém que não sabe se controlar por perto e passa o dia assobiando agudo no seu ouvido sensível. Eu vou, eu vou, pro inferno agora eu vou... pararatimbum pararatimbum... eu vou... eu vou...

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