quinta-feira, junho 12, 2003

Não agüento mais meu pai. Não agüento. Talvez seja um egoísta e desprezível sentimento da minha parte, por repelir a velhice. Espero morrer jovem e nunca dificultar a vida de ninguém. Não quero jamais repetir as palavras impensadas do meu pai, que repete como um disco riscado:"você impede meu progresso", "você me atrapalha", "você é minha ruína", você isso, você aquilo.
E no entanto, só estou tentando tirar um pouco de coragem do bolso e viver a minha vida, enquando restam alguns (pouquíssimos) sonhos.
Acho que estou realmente muito amarga.

A vida é uma merda, como diria o bêbado que comeu fandangos vencido no curta "Crônicas de um zumbi adolescente".
A vida é uma merda e eu quero sair dela com alguma dignidade.

Estou infeliz, embora não tenha muitos motivos (será?).
Mas a vida não está fazendo muito sentido.
Estou cansada de chorar. Meus olhos ficam inchados e pareço um tubarão martelo.

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