terça-feira, janeiro 27, 2004

Existências descartáveis.

Hoje fui tirar sangue pra exames de rotina, como faço todo ano. Tubinhos descartáveis, agulhas descartáveis, tudo muito asséptico e descartável. No outro andar, fui tomar café. Na verdade, pedi chá. De máquina. Em copos descartáveis. E com bolachinhas em embalagens individuais, descartáveis. No almoço, sanduíche em embalagens descartáveis.
Será que somos também descartáveis? Porções individuais. Tudo na quantidade certa para sua existência solitária em dias de chuva. Tudo é trivialmente descartável e plástico hoje. Não que isso seja bizarro. Um dia nossas roupas e carros serão descartáveis também, e as pessoas já começam a sê-lo.

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